sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Gente nova na área

Olá, queridos leitores!

Nesse dezembro ganhamos uma nova integrante na administração do blog! Seu nome é Julye e ela vai trazer muitas novidades para todos nós.
Se quer conhecê-la melhor clique aqui.


Abraços!

domingo, 23 de dezembro de 2012

A estranheza de não se apaixonar

Depois de longos meses sem postar absolutamente nada e nem dar sinal de vida, forças das profundezas me forçaram a voltar. E volto com uma pequena homenagem para minha amiga. Espero que gostem ;)



"Seus pés balançavam enquanto estava sentada na beira do muro da ponte. Você provavelmente deve estar pensando "Isso é perigoso! Ela é louca?" Não tenha dúvidas, ela é maluca! Mas não trocava por nada a melhor visão que tinha do mar. E como aquela bela visão a fazia pensar... Sua mente era um furacão de pensamentos que nem mesmo ela entendia. Mas naquele dia seus pensamentos eram como comer brócolis enquanto se encara a melhor pizza de brigadeiro do universo. Sim, eram uma tortura para ela, pelo menos. Por que se sentia tão estranha? Muitas de suas amigas a parabenizavam pelo fato de não se apaixonar em vão, mas aquilo era tão... fora do comum. Normalmente garotas adolescentes passam horas e horas falando sobre suas paixões e como gostariam de ficar com algum carinha bonito da escola, mas ela não. Ela achava aqueles papos melosos tão... inúteis. E aquela dependência de um parceiro? Tudo conta do psicológico! E por mais que sua opinião sobre esse assunto fosse, para si mesma, incontestável, ela não podia evitar a pergunta: será que um dia se apaixonaria? Amaria? Faria tudo por um... cara? Era assustador imaginar si mesma em alguma daquelas situações de submissão. Por um breve momento, sentiu um frio percorrer a espinha. "Aquilo era... repugnante", pensou.
Desceu da beira do muro e permaneceu na calçada por alguns minutos.
- Talvez um dia eu entenda - sussurrou para si mesma. - Mas agora não. Quero viver minha liber...
Felizmente ou infelizmente, seus devaneios foram interrompidos pela voz de um dos garotos que jogavam futebol na praça, do outro lado da rua.
- Ei, garota, chuta a bola para cá.
Estava tão distraída que nem percebera o objeto preto e branco perto dos seus pés.
- Por que não vem pegar? - respondeu ela.
O garoto arqueou as sobrancelhas, quase como se recebesse um convite para um desafio. Ele estava sorrindo, um sorriso que a surpreendera.
Ela não contaria a ninguém, nem admitiria para si mesma, mas aquele cara tinha algo... algo que ela gostava.
Talvez não perceberia também que as respostas para seus pensamentos começariam ali. E talvez ela não era tão estranha quanto pensava. Tudo tem o seu momento e o dela era aquele."

Emilie