domingo, 12 de fevereiro de 2017

O Fantasma de Canterville

Olá, pessoal! Hoje o post será sobre um dos contos mais conhecidos de Oscar Wilde, O Fantasma de Canterville. Eu gostaria muito de colocar algumas fotos do livro que tenho aqui, mas não sei/consigo postar as fotos pelo celular, então, posteriormente, edito o post e publico as imagens.
Bem, a história relata sobre a mudança da família do ministro americano Mr. Otis para Canterville Chase, na Inglaterra, morada do fantasma Sir Simon. Conhecido por despertar medo nos antigos moradores de Canterville, o espírito vê seu posto secular desmoronar com a chegada dos americanos, sendo ele o verdadeiro aterrorizado, principalmente pelas peripécias dos gêmeos filhos do ministro.
A quebra de expectativa e a inversão do convencional, além de conferir um tom cômico a narrativa, ressalta uma sociedade americana materialista e superficial. Junto a isso, pode-se notar vários contrastes entre o "Velho Mundo" inglês e a moderna América.
Posso dizer que o final da história foi o que mais me surpreendeu, talvez por esperar um desfecho diferente e algo menos belo. Wilde, no entanto, mistura o divertido e o emocionante em poucas páginas, fazendo o sobrenatural tornar-se, arrisco dizer, humano e tangível.
Se você estiver procurando algo bem rápido para ler e tiver se interessado pelo conto, aposte nessa leitura e publique aqui nos comentários sua opinião.
Até a próxima :)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Briga, briga, briga. Argumentos? Ponto de vista? Cadê? Estou errado? Eu? HÁ: nunca. Pense isso! Pense! Por que está discordando? Como ousa discordar? Problema seu. Já disse que estou certo. Adeus, adeus. Eu mereço! Oi? Eu deveria pedir desculpas? Desculpas? Foi ele quem começou! Eu? Não ouço? Saia! Você também? O que há de errado com você? Agora sou eu quem não ouço aos outros. São eles que não me ouvem! Olha esse programa. Todos idiotas, falando coisas sem sentido. Só idiotas pensam dessa maneira. Idiotas, todos eles! Silêncio. Silêncio incomodo. Para onde foram todos? Por que sumiram?

sábado, 3 de dezembro de 2016

As relações unilaterais

As relações humanas são curiosas, complexas e moldam a nossa vida de uma forma imperceptível. Quero dizer, nossa personalidade e o jeito que encaramos a vida são diretamente proporcionais a nossa relação com o mundo. No entanto, sempre quando me deparo com tais questões, pergunto-me por que ainda, mesmo com sinais claros, somos e nos submetemos a relações que não acrescentam? Ou melhor, por que insistimos em querer manter alguém que simplesmente precisa do nosso clamor pra se manter em nossas vidas? Não só isso, por que, acima de tudo, ficamos presos a amores e amizades que nos fazem mal ou nos colocam pra baixo? É bizarro, em primeira instância, imaginar tal tipo de relação, principalmente quando se observa tal comportamento em alguém que não seja eu ou você. Mas, porém, todavia, na nossa querência de permanecemos como seres sociais muito bem resolvidos e, arrisco dizer, numa repulsão inconsciente a "solidão" - aqui coloco entre aspas, porque a solidão é relativa e discutiremos sobre isso - também somos vítimas dessa bizarrice humana.
Não é normal, meu querido amigo, você sentir a necessidade de se diminuir pra continuar se relacionando com certas pessoas. Assim como não se deve aceitar, em hipótese alguma, relações unilaterais. Isso não é amor, pessoal. Não é fraternidade, nem amizade. Pra mim, esse é o verdadeiro significado de solidão. A partir do momento que você se abandona ou tem que forçar qualquer tipo de sentimento pra sustentar alguma relação, algo provavelmente deve estar morto entre você e a outra pessoa. Ou talvez sempre esteve. Não tenha medo de admitir isso. Não tenha medo de se libertar das coisas que te fazem mal. Relações ruins podem refletir na sua vida inteira, é sério. Eu sei que isso está parecendo algo de auto-ajuda ou coisa do tipo, mas enfim... Só acho engraçado como nós prendemos tão forte a tanto superficialismo, sem sequer refletir se estamos agindo como autômatos ou como seres pensantes.

sábado, 26 de novembro de 2016

O poder das músicas

Ei, pessoal!
Hoje o post vai ser bem curtinho, mas eu queria muito compartilhar com vocês uma experiência que fiz num dia aí. Estava eu, querendo ouvir música, pra variar, e antes de apostar num Deezer ou num Spotify, resolvi buscar a minha esquecida e gigantesca biblioteca de músicas do iTunes. Viajei no tempo, no mínimo. Mas, além disso, tive uma sensação engraçada diante daqueles sons que eu repetia sem parar num tempo distante (ou não tanto kk), não se tratando de uma nostalgia, nem saudade, apenas uma sensação... boa, sei lá. Enfim, vou postar aqui algumas dessas músicas que foram tão importantes numa parte da minha vida. Espero que gostem!

1. AFI - 17 Crimes



2. Ichirin no Hana



3. Three Days Grace - I Hate Everything About You



4. Orange Range - Asterisk 

                                    

5. Phenomenon - Thousand Foot Krutch

                                

É isso, pessoal! Foram algumas músicas, maaaas talvez eu poste mais futuramente. 
Abraço! 




quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Água com cloro. Protetor solar. Livro novo. Fecho os olhos e me concentro nos cheiros que mais gosto. Não posso abrir os olhos, porque senão ela estará lá me esperando. Não posso abrir os olhos. Chocolate. Natureza. Perfume frutado. Ela me conhece melhor do que qualquer outra pessoa. Ela sabe meu nome, meu verdadeiro nome. Ela me chama, me oferece uma lâmina, diz-me que tudo vai ficar bem. Sei que é mentira, que ela me oferece uma falsa liberdade e que nada vai ficar bem, mas quero acreditar nela. Quero pegar a lâmina. Café. Brisa marítima. Cada vez fica mais difícil pensar nos cheiros que gosto, a lista está acabando. O único fino elo que eu ainda tenho estou prestes a quebrar e a dor será insuportável. Se eu não pegar a lâmina, a dor pegará por mim. Então eu abro os olhos e pego a lâmina. E decido definitivamente que não gosto do cheiro de sangue.

sábado, 29 de outubro de 2016

Sociedade espetáculo

Das notas do celular:

"Chega a ser deprimente o comportamento humano, no microcosmo e no macrocosmo - afinal, o segundo é reflexo do primeiro. O superficialismo e a espetacularização das ações visando o amaciar do ego é extenuante, não só pra própria pessoa, quanto pra quem a cerca. Vivem de holofotes, de máscaras e de curtidas. O que são de verdade? O que querem de verdade? Querem ser capas de revistas, querem que os outros os vejam a todo custo. É engraçado analisar isso, não é? Parece até uma falta de reconhecimento próprio, uma vontade louca de aceitação do mundo pra uma aceitação interna e, arrisco dizer, uma falta de personalidade. Viver dos outros e, mais ainda, para os outros é não viver. É ser escravo da opinião alheia e de uma imagem construída a suas custas. É um suceder de reflexos do que já existe, uma competição desenfreada... O que dizer da autoanálise nesse contexto? Ela existe? E digo de novo, é muito deprimente..."

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

De um intimista

Estranho-me, reconheço-me. Quieta, meu eu se revela, desdobra-se em sua identidade bruta, real, aquela pela qual me vejo. Rodeada, perco-me na euforia. O meu eu recolhe-se, amedrontado, perdido. Sinto-me confusa: todos são vultos, palavras são signos perdidos. Aquele eu transfigura-se, sem lógica, sem reação. Estranho-me, estranho-me e não me reconheço. As teorias e reflexões de outrora são substituídas por palavras mal-pensadas. Algum dia alguém irá ouvi-las? Por que não consigo articulá-las?  Minhas paixões, constantes e sem alterações, demonstram-se num adorar elétrico, eufórico, irracional, abandonando toda complexidade que meu eu as submete quando só. Então classificam-me,  rotulam-me e odeio. Subestimam, superestimam e não acertam. Que retrato é esse que fizeram de mim? Quando sei, dizem que não sei; quando sou, dizem que não sou; quando digo que amo, dizem que não. Não  me conhecem e julgam superficialmente. E nesse paradoxo de ser e não ser, numa antítese entre interpretação e conteúdo, questiono meu eu frente a mim e o mundo. Por que tão complexo? Por que tão estranho? Por que tão eu?