quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Autumn, Emilie Autumn.

Hoje vou falar um pouco sobre a mulher que inspirou meu apelido e, sobretudo, a voz que não pode faltar no meu cotidiano: Emilie Autumn Liddell, ou simplesmente Emilie Autumn.


Emilie é muito mais do que uma simples cantora do cenário gótico. Ela toca violino, cravo, é poeta, compositora e tem 3 livros: "Across The Sky And Other Poems", "Your Sugar Sits Untouched" e "The Asylum For Wayward Victorian Girls" (vale ressaltar que todos os poemas do "Across The Sky And Other Poems" estão também no livro "Your Sugar Sits Untouched").

Emilie Autumn (Emily Fritzges) nasceu no dia 22 de setembro de 1979, em Malibu, Califórnia. Começou desde cedo com o violino, praticando desde seus quatro aninhos de idade.

Entrou na "Coolburn School of Performing Arts" seis anos depois, onde começou a improvisar, inspirando-se em Nigel Kennedy. Abandonou a escola para estudar sozinha, pois sofria bullying de seus companheiros.  Aos 15 anos, Emilie ingressou na "Indiana University School Of Music", em Bloomington, Indiana. Novamente, teve que abandonar a universidade devido os problemas com as autoridades universitárias por sua vestimenta e seu gosto musical.

Além disso, Autumn teve uma vida bastante conturbada. Desde sempre sofre de transtorno bipolar, o que a levou ter mudanças drásticas de humor, insônia e alucinações auditivas. Muitas de suas músicas são inspiradas na sua doença.

O coração que Emilie utiliza na bochecha é um símbolo de proteção devido os abusos sexuais que sofreu durante a infância/adolescência.

Em 2004, logo após a turnê que fizera com Courtney Love (vocalista da banda Hole e ex-mulher do Kurt Cobain) Autumn acabou por engravidar. Por medo do filho herdar o transtorno bipolar, ela optou por abortar (esse caso me deixou em um grande dilema). Após isso, passou por várias tentativas de suicídio, e Emilie acabou em uma clínica psiquiátrica. Assim que saiu, essa passagem foi a inspiração para o livro "The Asylum For Wayward Victorian Girls" que, nada mais nada menos, é um romance autobiográfico.

Bom, agora vamos comentar sobre seu trabalho. Emilie, para mim, é o símbolo da originalidade. Creio que nunca acharei uma artista tão única quanto ela. Suas músicas tem uma forte relação com a Era Vitoriana, nos fazendo entrar em contato com a história.
Outra coisa que analisamos na Emilie é a admiração que ela tem pelo Shakespeare: um de seus CD's possui o nome de Opheliac (Ofélia, personagem de Hamlet) que contém a música de mesmo nome. Além disso, ela tem um poema que chama "A que ponto um Shakespeare diz?" que diretamente já nos remete ao poeta. Para quem quiser ler, clique aqui.

Outro ponto interessante é que Emilie Autumn possui "eras" durante a sua carreira. A primeira delas é a "Era Enchant" ou "Enchant Era", como preferir. Esta era começa por volta do ano de 2003, quando foi lançado o álbum Enchant. As músicas desta época possuem uma combinação de neoclássico e influências da música celta.

Enchant Era

A "Era Opheliac" ou "Opheliac Era", particularmente a minha preferida, compreende de 2006 a 2011. Em 2006, Emilie lançou o álbum Opheliac, com músicas com uma pegada mais industrial, tendo a participação de seu violino elétrico e vocal gutural, como na música Liar. Em comparação ao Enchant, Opheliac é bem mais agressivo e obscuro.
Durante a "Opheliac Era" ela começou a fazer os shows ao lado das "The Bloody Cumprets", mulheres que atuam junto a Emilie, criando a atmosfera teatral durante as apresentações.
Além disso, em 2007, Emilie lançou seu álbum Laced/Unlaced, apenas com músicas instrumentais. O primeiro disco, Laced, é o relançamento do álbum On a Day de 1997.
Em 2008, lançou o Girls Just Wanna Have Fun/ Bohemian Rhapsody EP.
Ainda na "Opheliac Era", em 2009, Emilie finalmente lançou seu livro "The Asylum For Wayward Victorian Girls" (meu sonho de consumo).



O último álbum lançado de Emilie é o Fight Like Girl, em 2012, saindo da "Opheliac Era". Fight Like Girl é inspirado no livro "The Asylum For Victorian Wayward Girls". Sempre que ouço esse álbum, tenho a sensação de estar vendo um musical através das letras. Sei que muita gente ficou desapontada com esse álbum, mas... eu sou suspeita e adorei! Minha imaginação fica aguçada sempre que coloco Girls, Girls, Girls ou Scavenger! Ah, gente, eu super recomendo, ok?




Termino o post de hoje com duas músicas da Emilie, as duas do álbum Opheliac. Estas duas estão entre as primeiras que ouvi dela.




Espero que tenham gostado!
Beijos <3


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